Agência estadunidense Bloomberg publica mapa com Crimeia 'neutra' indignando Ucrânia

A agência norte-americana Bloomberg publicou um mapa do mundo em que a península da Crimeia tem um estatuto neutro, não pertencendo a nenhum país.
Sputnik

A imagem, publicada no Twitter da agência, está ligada a uma notícia sobre eleições em países em desenvolvimento.

A Ucrânia está marcada com cor amarela, significando que as eleições decorrerão em 2019.

A Rússia está marcada com cinza escuro, sendo um país onde as eleições já tiveram lugar, enquanto a Crimeia é de cor cinza claro, que significa neutro.

Que ameaças representa ponte da Crimeia para Ucrânia?
A Embaixada da Ucrânia em Washington pediu à agencia para que mudasse a cor da península no mapa, declarando que a Crimeia faz parte da Ucrânia e deve ser marcada com amarelo.
Logo depois disso, a Blomberg apagou o mapa controverso de sua conta.

Comentando o incidente, o deputado do Conselho de Estado da República da Crimeia, Vladislav Ganzhar, qualificou a publicação de tal mapa na mídia ocidental como "um sinal importante".

"Acho um sinal importante o fato de a Bloomberg não ter marcado a Crimeia como parte da Ucrânia ao publicar o mapa. Todos nos lembramos da posição que tinha a mídia ocidental quando a península se reintegrou na Rússia. Agora, passados mais de quatro anos, todos no mundo entendem que a Crimeia é parte integrante da Rússia", opinou o político em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

A Crimeia se separou da Ucrânia e se reintegrou na Rússia após realizar em março de 2014 um referendo em que mais de 96% dos votantes apoiaram esta opção.

Devolução da Crimeia à Ucrânia é 'impossível quaisquer que sejam as condições'
O referendo foi levado a cabo um mês depois do golpe de Estado na Ucrânia que desencadeou um conflito armado no sudeste do país.

A Ucrânia, União Europeia, EUA e vários outros países não reconheceram a reunificação da Crimeia com a Rússia, com Kiev considerando ainda a península como território ucraniano.

As autoridades russas ressaltaram por inúmeras vezes que a reunificação ocorreu de forma legal e de acordo com o direito internacional.

Comentar