De acordo com os militares israelenses, como resultado de três ataques maciços, quartéis-generais, túneis, campos de treinamento, arsenais e instalações de produção, que são usados pelo movimento Hamas no enclave, foram destruídos.
"Os ataques estão sendo lançados como resposta aos mísseis disparados da Faixa de Gaza sobre o território israelense de madrugada", diz o relatório do Exército de Israel.
A partir da noite de quarta-feira (8), as Forças Armadas israelenses contaram uns 150 lançamentos de mísseis vindos da Faixa de Gaza — 25 dos quais foram interceptados pelo sistema antimíssil Domo de Ferro. O maior dano foi causado pelo primeiro disparo à cidade fronteiriça de Sderot, onde um míssil atingiu uma casa e pelo menos dois israelenses ficaram feridos. As sirenes continuaram soando a noite toda, alertando a população das áreas fronteiriças sobre o novo bombardeio do enclave.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Stanislav Tarasov comentou a situação.
"O conflito se agrava, ele está entrando em uma fase tensa. Todos os esforços de patrocínio dos americanos para negociar não obtiveram sucesso. Moscou não está ativamente envolvida — está mais preocupada com a resolução síria. E embora os membros do Conselho de Segurança da ONU não estejam ativamente engajados na questão palestina, esta sempre sangrará. Além disso, os americanos deixaram este problema à mercê do destino quando reconheceram Jerusalém como a capital de Israel", ressaltou Tarasov.
"Agora, Israel e Palestina estão resolvendo a relação deles. O Egito está observando os eventos, tentando mediar a solução do problema, mas ele não está fazendo isso agora. Os chamados ‘amigos árabes' do povo palestino estão ocupados com o Irã. Daí todos os problemas", afirmou o politólogo.
A troca de ataques complica ainda mais o trabalho para alcançar um acordo de paz duradouro, que é mediado pelo Egito e pela ONU. Segundo relatos da mídia, na semana passada foi apresentado um documento preliminar a ambos os lados do conflito, que pressupõe primeiramente a cessação de ataques palestinos em troca do enfraquecimento do bloqueio da Faixa de Gaza.