Na segunda-feira (13), Donald Trump assinou o orçamento de defesa do país para o ano financeiro de 2019 no valor total de cerca de 716 bilhões de dólares (2,7 trilhões de reais), o que representa um aumento de 3% frente ao orçamento de 2018.
O documento presta muita atenção à modernização de quase todas as tropas, incluindo as estratégicas. A Agência de Defesa Antimíssil dos EUA, que faz parte do Departamento da Defesa, deverá começar em breve o posicionamento no espaço de sistemas de vigilância e intercepção de mísseis balísticos.
Dezenas de bilhões de dólares são destinados para a compra de novo equipamento militar, em particular, de veículos de transporte blindados Stryker A1 e caças F-35.
O orçamento estipula que existe uma ameaça por causa da "agressão russa", que deve ser contida com medidas militares e esforços conjuntos dos aliados da OTAN.
Na lista de outros adversários dos EUA, incluindo na esfera de cibersegurança, são referidos tais países como a China, o Irã e a Coreia do Norte, o que corresponde ao espírito da doutrina de defesa aprovada antes pela administração Trump.
O doutor em ciências políticas Ildus Yaruin explica, na entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, para que foi necessário incluir estes pontos no orçamento.
"Tudo isso é a continuação da política de Trump: A América acima de tudo, e isso deve ser garantido pelo poder reforçado dos EUA. Por outro lado, é uma resposta aos desafios econômicos: a tentativa de resolver os problemas internos com a criação de novas vagas de trabalho e maiores capacidades industriais. E não descartaria a hipótese de continuação da política iniciada na época por [Ronald] Reagan — a chamada 'guerra das estrelas', quando os EUA e União Soviética se tornaram rivais na corrida armamentista, o que em muitos aspetos foi uma das razões do enfraquecimento da economia da URSS", disse Ildus Yarulin.
De acordo com ele, o atual orçamento de defesa dos EUA permite ao presidente norte-americano resolver uma série de tarefas nacionais.