Agência revela número de detentores da dívida pública russa nos EUA

Cerca de 8% da dívida pública da Rússia está nas mãos de cidadãos e organizações dos EUA, de acordo com a agência de classificação ACRA.
Sputnik

A agência estima a parte da dívida russa detida por norte-americanos em 719 bilhões de rublos (R$ 41,8 bilhões), de acordo com comunicado obtido pela Sputnik.

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Em janeiro de 2018, a maioria — 66% — dos detentores da dívida pública russa residiam na Rússia, 7% eram de residentes de Luxemburgo, 1,4% — de cidadãos noruegueses. Britânicos, alemães, italianos e outros residentes da União Europeia em conjunto correspondiam a 4,6% da dívida russa, ou seja, 382,9 bilhões de rublos (R$ 22,3 bilhões). Residentes canadenses detinham 47,7 bilhões de rublos (R$ 2,8 bilhões) e cidadãos japoneses — 46,5 bilhões de rublos (R$ 2,7 bilhões).

Em julho deste ano, um novo projeto de lei foi introduzido por senadores americanos para bloquear transações em dólares de bancos russos e operações de cidadãos americanos com a dívida pública russa.

Na semana passada, a Câmara Americana de Comércio (AmCham) na Rússia afirmou que banqueiros dos EUA não recebem muito bem as possíveis sanções de Washington contra a dívida pública russa, pois as novas restrições, caso sejam impostas, podem prejudicar os interesses norte-americanos.

Entretanto, o Ministério das Finanças russo comentou anteriormente que a demanda de investidores domésticos seria bastante na efetivação do programa de financiamento federal sem investimentos estrangeiros, caso EUA impunham sanções contra a dívida pública russa.

O financiamento interno russo corresponde a 1,044 trilhão de rublos (R$ 60,8 bilhões) em 2018. Além dos bancos russos, fundos de pensões estão aumentando investimentos em títulos públicos federais em contraste com a política do Banco da Rússia, que minimiza os riscos de investimento de pensões.

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Além disso, de acordo com o Banco Central da Rússia, um pouco antes do encontro entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo norte-americano Donald Trump, estrangeiros investiram mais de US$ 500 milhões (quase R$ 2 bilhões) em títulos federais da Rússia.

O aumento do medo de investidores internacionais por causa da guerra comercial e a recuperação leve do apetite dos investidores por riscos correspondem às tendências principais de julho, segundo o Banco da Rússia, resultando na saída de capital das economias de mercados emergentes em comparação com junho, que por sua vez estabilizou a dinâmica do mercado de capitais russo.

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