Vamos realmente parar de lançar foguetes ao espaço?

O engenheiro americano Robert Goddard, lançou em 16 de março de 1926 em Auburn, Massachusetts, o primeiro foguete a utilizar combustível líquido. O último voo durou em torno de 2,5 segundos e terminou a 181 pés de distância, mas isso proporcionou um dos voos mais significativos da história.
Sputnik

Noventa e dois anos depois, os gigantescos foguetes se tornaram o padrão para voos espaciais, seis vezes mais altos do que o foguete original de Goddard, lançando a humanidade para além da atmosfera terrestre. Os lançamentos são um verdadeiro espetáculo, oferecendo a cada lançamento a oportunidade de testemunhar o potencial coletivo da humanidade para ultrapassar barreiras e alcançar novas alturas através do cérebro e cooperação, conforme referido em um artigo publicado por Ross Pomeroy no site RealClearScience.

Mas os foguetes permanecerão como nossa primeira opção para o transporte espacial no futuro distante? Ou eles serão substituídos por novos métodos e tecnologias?

Os foguetes estão longe da perfeição, pois já apresentaram alguns problemas, tais como astronautas que morreram durante o lançamento e também perda de equipamentos durante o voo, além de terem um alto custo. Segundo o engenheiro químico Don Pettit, "sentar no topo do foguete é mais perigoso do que sentar em uma garrafa de gasolina!" Pettit, que aos 62 anos é o astronauta mais velho da NASA, já participou de cinco missões à Estação Espacial Internacional, correspondendo ao total de 369 dias, 16 horas e 41 minutos no espaço.

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Um dos projetos mais futurísticos e exagerados referidos como o substituto do foguete é o elevador espacial. Um elevador espacial é muito simples no papel: estender 22.000 milhas de um conjunto de cabos de uma estação espacial em orbita geoestacionária até uma estrutura correspondente em algum lugar da Terra. Cabines fixadas nos cabos iriam ascender até ao espaço. O problema, entretanto, é que o sistema de cabos deve ser construído de um material mais forte do que tudo que já vimos até hoje. Uma cabine de elevador poderia potencialmente levar passageiros e cargas para o espaço em uma semana com um custo sete vezes mais menor que o foguete SpaceX Falcon Heavy, o foguete mais econômico disponível atualmente. Aparentemente, isso vai praticamente permanecer na esfera da ficção por muito e muito tempo.

Além disso, há uma outra solução ainda mais audaciosa e interessante que é o Star Tram. O que é muito interessante é que toda a tecnologia requerida para o Star Tram já existe hoje, apenas sendo necessário muito tempo para ser implementado. O Star Tram seria uma nave espacial, levitando magneticamente, impulsionada dentro de um tubo curvo rumo ao céu. Todo o ar seria evacuado do tubo, eliminando o arrasto. A aeronave sairia do tubo comprido a uma velocidade de 8,8 quilômetros por segundo, saindo da atmosfera terrestre. O design da primeira geração do Star Tram seria para lançar naves de transporte de carga por um longo tubo de 81 milhas construído ao lado de uma montanha para alcançar uma altitude de lançamento de 12.000 a 20.000 pés. O Star Tram poderia reduzir os custos de transporte para o espaço para apenas 20 a 50 dólares por quilograma.

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Outra ideia, mas desta vez, da JP Aerospace, é de utilizar foguetes gigantes para levar aeronaves gigantes que subiriam suavemente ao espaço, podendo transportar cargas e passageiros para uma Dark Sky Station flutuando permanentemente a 140.000 pés. Daí, a aeronave Órbita Ascendente, com motores a íons completaria a viagem para o espaço.

Com tantas ideias, nós realmente poderíamos substituir os foguetes? Aparentemente, as aeronaves da JP Aerospace provavelmente possuem a melhor chance de representarem um desafio a curto prazo, mas é claro que com o crescimento da indústria de foguetes privados haverá uma competição que vai estimular as inovações.

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