"A mídia britânica é a menos confiável da Europa […]. Os donos e os editores da maioria dos jornais do país rebaixaram o nível de tal maneira que seus jornalistas, que trabalham duro, simplesmente não têm a confiança do público […]. Muito de nossa imprensa não é livre […]. Então, hoje quero fazer algumas sugestões de como podemos construir uma mídia digital e democrática em meio à era digital", disse Jeremy Corbyn, conforme citado no próprio site do partido Trabalhista.
Entre outras ideias, Corbyn propôs dar suporte aos jornalistas investigativos voltados ao interesse público e que trabalham de forma local. Para isso, ele acredita, é necessário que lhes seja garantido um status especial que possa lhes dar acesso a fundos de caridade.
O escritório do Comissário de Informação britânico é um órgão público que responde diretamente ao Parlamento do país e funciona para a proteção dos direitos à informação.
Ele também sugeriu inspecionar a BBC com o intuito de torná-la mais democrática, representativa, e independente, assim como criar uma nova empresa pública de mídia, "irmã" da BBC, a British Digital Corporation.
Entre outras coisas, ele criticou o poder do governo sobre a BBC, como na determinação da taxa cobrada sobre os cidadãos, hoje em £50.50 por ano, cerca de R$ 264,55 na cotação atual.
Na semana passada, a mídia divulgou que o partido Trabalhista registrou uma reclamação em uma organização britânica de proteção da mídia independente. A reclamação seria em relação a jornais por terem supostamente interpretado mal o ato de Corbyn de deixar uma coroa de flores em um cemitério, em 2014, durante visita à Tunísia. Mais tarde o líder trabalhista afirmou que seu partido estaria sob a maior hostilidade da mídia desde sempre.