EUA cogitam ampliar presença militar na Grécia em meio a tensões regionais

Os EUA estão cogitando a possibilidade de ampliar os exercícios e tropas na Grécia, o que facilitaria o aprimoramento da inteligência em países próximos como Líbia, Síria a Turquia.
Sputnik

As autoridades gregas estão considerando aumentar o acesso dos EUA a bases adicionais, disse o presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Joseph Dunford, a repórteres em Atenas na terça-feira (4).

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Essas autoridades "fizeram uma abertura geral dizendo que estariam dispostas a considerar isso, e eu certamente estou entusiasmado com a possibilidade", confirmou Dunford na quarta-feira (5) ao jornal militar norte-americano Stars and Stripes, um serviço interno de notícias do Pentágono. 

As tensões entre a Turquia e os EUA têm sido amplificadas desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou recentemente a duplicação das tarifas de aço e alumínio sobre as exportações turcas, de 50% e 20%, respectivamente, depois que a Turquia se recusou a libertar o pastor norte-americano Andrew Brunson. 

A Turquia prendeu Brunson há dois anos por seus supostos laços com o movimento fundado pelo clérigo islâmico Fethullah Gulen, que Ancara acusou de orquestrar o golpe militar fracassado em 2016. No final de julho, Brunson foi libertado de uma prisão turca e posto em prisão domiciliar.

Segundo o Stars and Stripes, os militares dos EUA já "se aproveitaram" de várias bases na Grécia, incluindo a base naval situada na Baía de Suda e a base da Força Aérea de Larissa.

"Nós […] temos levado vantagens da Baía de Suda – é uma unidade crucial de infraestrutura aqui na região, e a Grécia também está aberta para expandir as oportunidades de treinamento para as forças que estão estacionadas na Europa, especialmente para as unidades do Exército dos EUA fazerem treinamento com helicópteros", destacou Dunford na quarta-feira (5).

"Se você olhar para a geografia e observar as operações recentes na Líbia e as operações atuais na Síria, [e] se olhar para as operações potenciais no leste do Mediterrâneo, as oportunidades aqui [na Grécia] são bastante significativas", acrescentou.

Essa notícia surge quando a OTAN criou recentemente um centro de inteligência antiterrorista em Nápoles, na Itália, para combater possíveis ameaças regionais.

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