A denúncia de uma suposta interferência do Google nas eleições presidenciais de 2016 foi ignorada pelos programas matutinos de três grandes redes de notícias americanas, segundo o site NewsBusters.
Durante o programa Tucker Carlson Tonight de segunda-feira, o apresentador disse que o programa obteve um e-mail enviado pela funcionária sênior do Google, Eliana Murillo alegando p uso dos recursos da empresa para expandir a participação dos eleitores em uma campanha para ajudar Clinton durante as eleições de 2016.
"Em seu e-mail, Murillo elogia os esforços multifacetados do Google para aumentar a participação dos hispânicos nas eleições. Ela sabe que os latinos votaram em números recordes, especialmente em estados como Flórida, Nevada e Arizona, o último dos quais ela descreve como 'um estado chave para nós. Ela se gaba de que a empresa usou seu poder para garantir que milhões de pessoas vissem certas hashtags e impressões em rede social com o objetivo de influenciar seu comportamento durante a eleição", destacou Carlson.
Ele acrescentou que, ao fim e ao cabo, o Google ficou desapontado com os esforços de Murillo, porque ela reconheceu no e-mail que "nunca previmos que 29% dos latinos votariam no [candidato à presidência Donald] Trump".
"Sua única defesa era que as atividades descritas não eram partidárias ou não eram tomadas oficialmente pela empresa. Mas é claro que eram ambas", enfatizou Carlson.
Ele expressou preocupação com o fato de que, embora muitos no Google soubessem sobre a situação, a FOX não encontrou evidências de que "alguém na empresa desaprovou ou tentou refrear isso".
No final de agosto, Trump criticou o Google por espalhar informações erradas sobre ele e acusou a empresa de esconder reportagens com conteúdo positivo sobre sua presidência.
"Eles estão controlando o que podemos e não podemos ver. Essa é uma situação muito séria — será abordada!", Trump apontou.
Comentando as alegações de Trump, a empresa disse que os resultados de pesquisa do Google não favoreciam uma ideologia política específica.