Que país pode frustrar acordo de Idlib?

Em Damasco e Teerã saudaram o acordo da Rússia e Turquia sobre criação de zona desmilitarizada na província síria em Idlib. O cientista político Aleksei Podberezkin expressou ao serviço russo da Rádio Sputnik a sua opinião de que nem todos os países precisam de paz em Idlib.
Sputnik

As autoridades sírias apoiam o acordo, firmado nesta segunda-feira (17) entre a Rússia e a Turquia, sobre criação de zona desmilitarizada na província síria em Idlib, comunicou a fonte do Ministério das Relações Exteriores sírio.

"A República Árabe Síria sauda o acordo sobre a província de Idlib, de que foi anunciado ontem na cidade russa de Sochi, e sublinha que esse acordo foi o resultado de consultas intensivas entre Damasco e Moscou, em plena coordenação de esforços das partes", cita a fonte a agência SANA.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, declarou que graças às conversações, inclusive ao encontro dos presidentes da Rússia e Turquia em Sochi, conseguiram prevenir guerra em Idlib.

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"A diplomacia responsável intensiva das últimas semanas, que se realizou durante minhas visitas a Ancara e Damasco, bem como durante a cúpula posterior Irã-Rússia-Turquia em Teerã e encontro em Sochi, conseguiu prevenir guerra em Idlib com firmeza dura de lutar contra extremismo e terrorismo. A diplomacia está trabalhando", concluiu Zarif no Twitter.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik o diretor de pesquisas político-militares da Universidade de Relações Internacionais de Moscou e doutor em História, Aleksei Podberezkin, nomeou o país que, em sua opinião, não está interessado em resolução pacífica do problema de Idlib.

"A consecução de acordos entre Putin e Erdogan sobre Idlib, que se tornou uma surpresa para a maioria dos políticos, é um avanço estratégico. Embora não há garantia de cem por cento de prevenção de combates em Idlib por uma série de razões. E a principal delas é que os EUA não precisam disso", fala o especialista.

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Ele acrescenta que, os EUA, obviamente, declaram o contrário, que eles procuram manter a paz e apoiam o entendimento, mas estrategicamente eles estão interessados em continuação do conflito, opina o especialista.

É necessário para os EUA que os grupos de terroristas e extremistas, preparados na Síria e noutros países, continuam se espalhar pelo Oriente Médio. Eles são exportados de lá para o Irã, Afeganistão, Líbia e outros países. Os EUA, com certeza, não querem mudar essa situação, destacou o analista.

Nesta segunda-feira, os líderes da Rússia e Turquia chegaram ao acordo de criar até 15 de outubro a zona desmilitarizada ao longo da linha de contato entre a oposição armada e exércitos governamentais na província síria de Idlib. Os ministros de ambos os países assinaram o memorando sobre a estabilização da situação em Idlib.

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