Segundo a representante oficial da chancelaria russa, Maria Zakharova, membros da Frente al-Nusra e radicais ligados à Al-Qaeda (ambas organizações terroristas proibidas na Rússia) estão tentando continuar resistindo na Síria.
"Militantes radicais […], por medo de serem isolados devido aos acordos russo-turcos, organizam várias provocações e aquecem situação ao longo da zona de desescalada de Idlib, convocando para continuar a chamada resistência", comentou a representante.
"O que nos preocupa em especial é que o papel de alegadas vítimas nestas encenações podem ser desempenhados por civis sequestrados pelos terroristas, incluindo mulheres e crianças", destacou.
Ao mesmo tempo, Zakharova acrescentou qeu uma parte da oposição armada síria apoia a criação da zona desmilitarizada na província, iniciativa proposta por Moscou e Ancara.
"De acordo com informação recebida, alguns grupos da oposição armada síria, que estão em Idlib, anunciaram apoio ao acordo sobre criação da zona desmilitarizada", declarou Zakharova em um briefing.
Anteriormente, os presidentes da Rússia e Turquia, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, respectivamente, decidiram criar até 15 de outubro uma zona desmilitarizada ao longo da linha de contato da oposição armada e forças governamentais em Idlib. Os ministros da Defesa dos dois países, por sua vez, assinaram um memorando sobre a estabilização da situação na província síria.
Rússia, Turquia e Irã atuam como garantidores da paz na Síria onde desde 2011 continua conflito armado.