Há pouco, o líder ucraniano declarou que "as manobras conjuntas com países-membros da OTAN Clear Sky 2018 são necessárias para demonstrar que o preço a pagar pela Rússia será muito alto, se esta atacar a Ucrânia com sua força aérea".
A postagem correspondente foi publicada em sua conta do Facebook.
O líder sublinhou que o seu país luta pela liberdade e democracia e aprecia muito a posição de seus parceiros dos EUA e da OTAN.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Nikolai Dimlevich explicou o que poderia ter provocado tais afirmações hostis por parte do presidente da Ucrânia em relação à Rússia.
"Atualmente na Ucrânia está começando a campanha eleitoral. Por isso, [Pyotr] Poroshenko vai sempre falar sobre a ‘Rússia agressiva', visto que, se não houver um 'inimigo exterior' e se em cada pronunciamento ele não falar sobre ataques aéreos, de mísseis, invasão, etc., da parte da Rússia, sua popularidade como presidente e chances como futuro candidato irão baixar drasticamente", disse o especialista.
"Na realidade, suas declarações mostram apenas uma coisa: sua política sofreu um fracasso completo. Ou seja, não pode demonstrar ao povo quaisquer resultados positivos [atingidos] na Ucrânia durante a sua presidência e, portanto, fala não sobre a Ucrânia, mas sobre uma alegada agressão da Rússia".
As relações entre Rússia e Ucrânia se deterioraram depois da reunificação da Crimeia com a Rússia em março de 2014 e início do conflito em Donbass. Ademais, Kiev acusou Moscou de envolvimento dos assuntos internos do país. Moscou tem afirmado repetidamente que não faz parte do conflito interno ucraniano e tem interesse em que a Ucrânia supere a crise política e econômica.