Com armas 'suficientes para destruir mundo', o que está motivando acúmulo nuclear dos EUA?

Segundo o ex-congressista republicano Ron Paul, os EUA têm armas suficientes para destruir o mundo mais de 10 vezes e não precisam de um novo acúmulo nuclear.
Sputnik

Ron Paul fez referência à saída dos EUA do Tratado INF com relação às ameaças nucleares, comentando que não acredita que possível saída dos EUA do tratado de 1987 venha a melhorar a segurança norte-americana.

"Não vai nos fazer bem algum", afirma Ron Paul sobre as ameaças de Trump de sair do tratado assinado em 1987. Além disso, ele acredita que o complexo industrial norte-americano achará outra forma de justificar o desenvolvimento nuclear, que, no caso, seria a modernização da China, uma fonte de preocupação para o establishment militar dos EUA.

Paul enfatiza que "isso significa que o governo americano e o complexo industrial militar desejam criar mais um lote de armas, devido aos chineses: ‘Os chineses estão fazendo todas aquelas armas, por que nós não podemos também? '".

Confiante de que a China não seja o suposto motivo para a construção de novas armas nucleares, Paul declara que "nós temos armas suficientes, não apenas para se destruir, mas também para destruir o mundo mais de 10 vezes, e não precisamos nos preocupar por não termos armas suficientes ao redor".

Tratado INF impede EUA de terem supremacia sobre China no oeste do Pacífico?
Donaldo Trump, anteriormente, já havia ameaçado deixar o tratado alegando que a Rússia não estava cumprindo suas obrigações relacionadas à produção de armas que seriam proibidas pelo Tratado INF, além da China, outra potência considerada ameaça pelos norte-americanos, inclusive alegando que os EUA construiriam suas armas nucleares até China e Rússia "recuperarem o bom senso".

O Tratado INF é um dos poucos obstáculos diante da ameaça nuclear e considerado pelos países europeus uma estrutura de segurança, sendo um importante pilar da arquitetura da segurança europeia.

O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário foi assinado em 1987, entre o líder norte-americano, Ronald Reagan, e o líder soviético, Mikhail Gorbachev, prevendo a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, tanto nucleares como convencionais, com alcance correspondente a um intervalo entre 500 e 5.500 km.

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