Venezuela quer repatriar US$ 550 milhões em reservas de ouro do Reino Unido, relata mídia

Em meio a sanções dos EUA, descritas pela Venezuela como ilegais, o país latino-americano busca se livrar das instituições financeiras americanas, além de tentar abandonar o dólar, dando preferência a transações em euro e yuan.
Sputnik

O governo venezuelano pretende repatriar 14 toneladas de barras de ouro no valor equivalente a US$ 550 milhões (R$ 2 bilhões) do Banco da Inglaterra, com medo de que as ações sejam afetadas por sanções norte-americanas, informou a Reuters, citando duas fontes a par da situação.

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Devido a problemas referentes à segurança, o carregamento de volta a Caracas ficou parado por quase dois meses.

"Eles ainda estão tentando encontrar cobertura de seguros, porque os custos são altos", disse o denunciante, sem determinar quem é o responsável pelo atraso.

Novas rodadas de sanções norte-americanas contra Venezuela entraram em vigor no começo de novembro, proibindo pessoas físicas e jurídicas americanas de comprar ouro do país latino-americano.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu e chamou o líder do EUA de "esquizofrênico" e prometeu que Caracas não "se ajoelhará diante do imperialismo da América".

De acordo com Maduro, o país está em processo de se tornar "a segunda maior reserva de ouro da Terra". Com investimentos públicos e privados, o governo também está construindo 54 unidades de processamento aurífero.

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Além disso, as autoridades venezuelanas prometeram fazer futuras transações no comércio internacional em euros e yuans, no lugar do dólar.

Nos últimos anos, a Venezuela vem enfrentando uma crise econômica grave acompanhada de hiperinflação, desvalorização da moeda nacional e escassez de mercadorias nas lojas. Com a entrada no poder, Maduro criou projetos para recuperar a economia do país, porém, as sanções americanas acabam agravando ainda mais a situação no setor petrolífero do país.

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