'Assustadoras': fitas do assassinato de jornalista chocaram oficial saudita, diz Erdogan

Gravações supostamente relacionadas ao assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi "chocaram" um oficial da inteligência saudita quando ele as ouviu, disse o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
Sputnik

Falando a repórteres em seu retorno de uma viagem com líderes mundiais em Paris, na França, o líder turco declarou que o áudio relacionado ao assassinato de Khashoggi perturbou um funcionário da inteligência saudita que o ouviu.

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"As gravações são realmente assustadoras. De fato, quando o oficial da inteligência saudita ouviu as gravações, ele ficou tão chocado que disse: 'Este deve ter tomado heroína, somente alguém que toma heroína faria isso'", acrescentou ele, segundo a Agência Reuters.

Erdogan acredita que o assassinato ocorreu nas mãos de altos funcionários sauditas, embora ele tenha dito que não acredita que o príncipe herdeiro Mohammad Bin Salman, por quem ele tem "respeito ilimitado", possa ordenar tal atrocidade.

A afirmação vem um dia depois de um relato angustiante dos momentos finais de Khashoggi. Nazif Karaman, chefe de investigações do jornal turco Daily Sabah, disse que Khashoggi passou seus últimos momentos implorando por uma sacola plástica para ser tirada de sua cabeça, e que sua morte durou um total de 7 minutos, segundo a rede Al Jazeera.

"Estou sufocando […] Tire essa sacola da minha cabeça, sou claustrofóbico", foram as últimas palavras do jornalista, afirmou Karaman.

No sábado, Erdogan afirmou que a mesma gravação foi compartilhada em um jantar em Paris no fim de semana com líderes sauditas, norte-americanos, franceses, britânicos e canadenses. Apesar disso, o ministro francês de Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, comentou na segunda-feira que seu país não está de posse das gravações.

Embora tenha havido muitos relatos aterrorizantes sobre como o jornalista foi assassinado dentro dos muros do consulado em Istambul, exatamente como se deram os acontecimentos ainda não foram confirmados.

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Mas relatos não confirmados do conteúdo de uma fita macabra, que a Turquia diz que está em posse desde 2 de outubro, alegam que Khashoggi foi agarrado, drogado e desmembrado com uma serra de ossos.

Também foi relatado que outros que testemunharam o assassinato ouviram música para bloquear os sons angustiantes.

E no que parece ser uma camada extra de horror para o caso, o jornal Daily Sabah também relatou no sábado que a perícia encontrou traços de ácido no consulado. Isso levou os investigadores a sugerir que o corpo de Khashoggi poderia ter sido dissolvido em ácido antes de ser despejado pelo ralo.

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