Não me chamem: Áustria descarta integrar exército europeu de Macron e Merkel

Se a Alemanha e a França desejarem desenvolver um exército europeu, a Áustria não quer participar. O gabinete do ministro da Defesa disse que recusaria, pois entraria em conflito com a constituição e neutralidade de Viena.
Sputnik

O gabinete do ministro da Defesa, Mario Kunasek, disse ao jornal Kurier que, embora a Áustria não tenha detalhes sobre o exército proposto pelo presidente francês Emmanuel Macron e pela chanceler alemã Angela Merkel, ainda se afastaria da ideia porque é "contrário à posição constitucional austríaca", já que a Áustria é neutra.

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A ideia de um exército europeu unificado foi proposta por Macron no início deste mês, com o presidente francês insistindo que é necessário para proteger o continente de países como China, Rússia e "até mesmo os Estados Unidos da América".

Merkel foi rápida em apoiar a proposta, dizendo que tal exército mostraria ao mundo que "nunca mais haverá guerra entre nações europeias".

Mas o presidente dos EUA, Donald Trump, não tem tanta certeza disso. Ele atacou a ideia depois que Macron mencionou pela primeira vez, lembrando-o de que o inimigo da França nas duas Guerras Mundiais não eram os EUA, a China ou a Rússia — era a Alemanha.

"Eles estavam começando a aprender alemão em Paris antes de os EUA aparecerem", escreveu Trump no Twitter.

Apesar dos sentimentos da França, da Alemanha, da Áustria ou de quaisquer outros países membros da União Europeia (UE), um exército europeu não vai realmente acontecer, disse o especialista em assuntos internacionais John Laughland à RT nesta semana.

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"A ideia do exército europeu é uma ficção completa; nunca houve um exército europeu e não pode haver um exército europeu", avaliou, observando que a UE não pode ser legalmente independente da OTAN a menos que mude seus tratados.

No entanto, a Comissão Europeia (CE) parece pensar que é perfeitamente possível. Um porta-voz disse que a Comissão está "encantada" com o apoio de Macron e Merkel à ideia. Isso talvez não seja uma surpresa, já que o próprio Jean-Claude Juncker, presidente da CE, colocou seu apoio a um exército europeu há 4 anos.

"Muitas vezes explicamos como vemos essas coisas. Esta é a Comissão que quer que a Europa tenha uma identidade de defesa significativa", comentou o porta-voz.

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