"Se a comunidade mundial, e principalmente a Europa, não quiser um novo influxo de migrantes, deveria pensar, livrar-se de algumas fobias e apenas ajudar o povo sírio, independentemente do preconceito político", disse Putin em entrevista coletiva durante a sua visita à Singapura.
Putin afirmou repetidamente que a UE deveria abordar cuidadosamente as questões de imigração e rever suas políticas que encorajaram a migração.
Em declarações anteriores, Putin declarou que há milhões de migrantes na Jordânia, no Líbano e na Turquia, que são "potencialmente um fardo enorme" para a Europa. É por isso que a comunidade internacional deveria fazer de tudo para levar essas pessoas de volta para casa.
A UE ainda é assombrada pela pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, que atingiu o continente em 2015. A maioria dos requerentes de asilo vem de países afetados por conflitos, incluindo a Síria.
Em 2017, mais de 3 milhões de autorizações de residência foram emitidas, de acordo com um recente relatório do Eurostat. Mais de 223.000 dessas licenças foram concedidas aos sírios.
"As principais rotas de migração para a Europa via Mediterrâneo e Bálcãs seguem o padrão de guerras que os EUA e seus aliados da OTAN travaram, aberta e veladamente, no Afeganistão, Iraque, Síria e Líbia, entre outros países", comentou Finian Cunningham, escritor que cobriu extensivamente os assuntos internacionais.
Cunningham acredita que a abertura dessas rotas "atrai migrantes" de muitos outros países da Ásia, Oriente Médio e África.