Segundo Dmitry Peskov, seria errado subestimar a ameaça da provocação por parte da Marinha ucraniana, tendo afirmado que, para o presidente russo, este é um assunto muito sério.
"Desde o início destas ações provocadoras, o presidente tem recebido informações detalhadas da nossa guarda de fronteiras e de outras entidades e, quando o tempo chegar, ele dará todas as explicações necessárias", disse Peskov, acrescentando que Putin poderá abordar o assunto nas margens da cúpula do G20, que terá lugar entre 30 de novembro e 1º de dezembro na Argentina.
Quanto à introdução da lei marcial por Kiev, o porta-voz sublinhou que este é um assunto interno da Ucrânia, mas que a medida adquire certo sentido na véspera das eleições presidenciais ucranianas.
Anteriormente, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou que a provocação teria sido planejada por Pyotr Poroshenko e aliados para este se manter no poder.
Nesta segunda-feira (26), após o incidente com navios ucranianos no estreito de Kerch, a Suprema Rada (parlamento ucraniano) aprovou a decisão de impor a lei marcial por um prazo de 30 dias, abrangendo diferentes partes do país, decisão apoiada pelo presidente Pyotr Poroshenko.
No domingo (25), três navios ucranianos violaram a fronteira russa no mar Negro e realizaram manobras perigosas ignorando os avisos das embarcações russas. A parte russa tomou a decisão de deter os navios junto com 24 marinheiros. Durante a detenção, três militares ucranianos ficaram levemente feridos e receberam assistência médica, não correndo risco de vida.