A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela ONU no dia 10 de dezembro de 1948. A atitude da organização foi uma resposta às crueldades cometidas durante o período da Segunda Guerra Mundial. No entanto, tantas décadas depois do reconhecimento desses princípios universais, muitos ainda questionam sua validade.
Em todo o mundo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos não foi suficiente para impedir inúmeros casos de abuso e violações de todos os tipos contra a dignidade e a vida. Seja no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia, milhões de pessoas seguem sob fortes ameaças constantes. Mas, se antes não havia tanto eco nos discursos que buscam relativizar esses abusos e violações, hoje, a ideia dos direitos humanos como um privilégio para os "humanos direitos" é abertamente defendida por autoridades, políticos, partidos e até líderes religiosos.
Em entrevista à Sputnik Brasil, uma representante do grupo Policiais Antifascismo atribuiu à falta de informação, ao trabalho de alguns órgãos de mídia e ao medo da violência associado ao oportunismo político a propagação dessa ideia distorcida dos direitos humanos.
Para os Policiais Antifascismo, no Brasil, onde os direitos humanos estão muito presentes nos embates sobre segurança pública, o campo da esquerda política teria permitido que os partidos de direita se apropriassem do discurso de segurança, associando os direitos humanos à esquerda, a "coisa de comunista" e "defesa da impunidade".
"A população amedrontada se deixa levar pelo discurso fácil, do tiro, porrada e bomba. Esquecem-se de que direitos humanos são para todos, não para apenas alguns escolhidos e privilegiados."