Considerada por cientistas políticos como um ponto de conflito, o mar do Sul da China é uma área estratégica de mútuos interesses de grandes potências regionais e extrafronteiriças.
As disputas territoriais de longa data, as tentativas ativas dos Estados Unidos e de outros países ocidentais de lidar com as contradições dos participantes de disputas, as reservas de hidrocarboneto e a passagem de rotas marítimas estratégicas pelo mar, tudo isso faz com que aumente seriamente a presença militar nesta região.
A Indonésia não participa de disputas territoriais do mar em questão, mas começaram a surgir preocupações em Jacarta sobre possíveis reivindicações da China em relação à zona econômica exclusiva perto do arquipélago de Natun.
O especialista chinês Shen Shishun, durante entrevista à Sputnik, disse que não vê razão para a Indonésia aumentar sua presença militar na região.
Para o especialista, é necessário analisar as ações indonésias, determinando se elas de fato são construtivas para a região e se contribuem para a paz e estabilidade do mar.
"Este é o ponto de partida para avaliar as decisões tomadas. A julgar pelas ações indonésias, não penso que elas sejam necessárias. Ninguém ameaça a Indonésia em todas as águas do mar do Sul da China. Ações militares em tal situação não contribuem para a paz e estabilidade na área", ressalta.
Quando perguntado sobre as perspectivas para o próximo ano, o analista chinês afirmou que, no momento, a situação geral da região do mar "está se desenvolvendo na direção da estabilidade e cooperação, e essa tendência está aumentando".
O Código de Conduta (CC) no mar do Sul da China, que a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a China vêm desenvolvendo em conjunto desde 2012, tem como objetivo evitar conflitos sobre disputas territoriais por ilhas e recursos marinhos na região. Durante a última cúpula da organização, realizada em Singapura em novembro de 2018, os países envolvidos acordaram manter a conduta por três anos.