Alienígenas se abrigam nas estrelas? Astrônomos analisam misteriosos corpos celestes

Através de telescópios terrestres é possível observar flashes de laser de alta potência provenientes da estrela de Tabby em meio a períodos de perda de brilho, afirmam cientistas do Instituto SETI.
Sputnik

Mas ainda não se tem uma resposta conclusiva que esclareça se esses períodos intermitentes são um fenômeno natural ou não.  

Estrela de Tabby

Conforme análises de dados do telescópio Kepler em 2015, cientistas perceberam um estranho comportamento da estrela KIC 8462852, também conhecida como estrela de Tabby, situada na constelação Cisne. Essa estrela anã branca e amarela, parecida com o Sol, perdia periodicamente até vinte por cento do brilho. A pergunta que ronda pesquisadores é: o que causa o bloqueio da luz emitida?

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Cientistas não conseguiram explicar esse mistério da estrela de Tabby (apelidada em homenagem à astrônoma que a descobriu, Tabetha Boyajian). Eles supõem que a estrela talvez seja cercada por algo denso: um disco de matéria protoplanetária, uma profusão de cometas ou uma nuvem de poeira minúscula, sendo que a distorção do sinal ótico do telescópio também não foi descartada.

Os pesquisadores não descartam a hipótese de seres extraterrestres estarem interferindo na redução da emissão da luz da estrela de Tabby.

Ao mesmo tempo, Jason Wright e Steinn Sigurdsson, do departamento de astronomia e astrofísica e do centro de exoplanetas da Universidade da Pensilvânia (EUA), sugeriram que o fenômeno poderia ser algo como a esfera de Dyson — painéis amplos em órbita que convertem a radiação de uma estrela em eletricidade. 

Em setembro do ano passado, Wright, com base nos dados mais recentes sobre observações de estrelas, excluiu qualquer obstáculo de radiação não transparente capaz de alterar o brilho, incluindo planetas, asteroides e megaestruturas artificiais.

No entanto, cientistas do Instituto SETI, com o apoio do projeto Breakthrough Listen, não descartaram a tese da "fraternidade mental" no sistema estelar Tabby. O fato é que a fonte não apenas perdeu seu brilho, como também brilhou misteriosamente. E se for um laser usado em sistemas de comunicações, propósitos militares ou para o lançamento de espaçonaves?

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Depois de analisar 177 espectros obtidos por um telescópio ótico no Observatório Lick, na Califórnia, os cientistas calcularam que a tecnologia humana moderna pode detectar um laser extraterrestre a uma distância de 1.470 anos-luz.

Anéis de eclipse

Em novembro, astrônomos anunciaram outro misterioso objeto cintilante, a estrela VVV-WIT-07, que intriga pela possível presença de um objeto em sua órbita que impede a passagem de seu brilho. 

Roberto Saito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e seus colegas estudaram os espectros de infravermelho próximo obtidos pelo telescópio VISTA no Chile e observaram que, em 2012, a amplitude da VVV-WIT-07 diminuiu duas vezes: primeiro, por 11 dias e depois por 48 dias. 

Os cientistas ainda não podem elaborar teorias baseadas apenas em dados preliminares, mas acreditam que a estrela está sendo bloqueada por algum objeto, provavelmente, nuvens densas de poeira interestelar, que são abundantes entre o Sistema Solar e o centro da Via Láctea.

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