"Até o momento da detenção, em maio de 2018, Kirill Vyshinsky foi um cidadão da Rússia e da Ucrânia. O fato de ele ter cidadania ucraniana deu a Kiev uma razão formal para negar o acesso de diplomatas russos ao chefe da RIA Novosti Ucrânia", disse Ivanov.
O representante do governo russo acrescentou que, apesar disso, os diplomatas têm mantido contato com o jornalista.
O vice-ministro ressaltou que a questão de trocar Vyshinsky por detentos na Rússia não está em discussão.
O jornalista russo Kirill Vyshinsky foi preso em 15 de maio de 2018 sob suspeitas de apoio às auto-proclamadas repúblicas de Donbass e também de traição. A pena máxima para esse tipo de ofensa é de 15 anos na prisão. Vyshinky anunciou renúncia à sua cidadania em 1º de junho.
Sua detenção foi seguida de diversas declarações negativas de grupos de defesa de direitos de jornalistas, que classificaram a ação como não democrática. Harlem Desir, o representante para a liberdade de imprensa na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), pediu a libertação do jornalista, chamando a atenção dos membros da organização para que deixem o trabalho da imprensa como livre.
Para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a prisão de Vyshinsky foi politicamente motivada e é um exemplo da forma "inaceitável" como Kiev trata jornalistas por fazerem seus trabalhos. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também se declarou exigindo que as autoridades ucranianas parem com a perseguição à liberdade de imprensa.