Sem recursos, agentes de fronteira dos EUA não estão conseguindo conter fluxo de migrantes

Agentes da Patrulha da Fronteira, que continuam cumprindo trabalhando sem receber devido à paralisação do governo federal, estão registrando grandes grupos de migrantes cruzando ilegalmente a fronteira sul dos EUA e entrando no Arizona, informou a NBC.
Sputnik

Um agente do Sistema de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP), Fernando Grijalva, revelou que em 14 de janeiro um grupo de cerca de 84 migrantes saiu de um ônibus que parou em uma rodovia perto da fronteira e literalmente entrou nos EUA sem impedimentos.

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Seus colegas agentes conseguiram tirar fotos dos migrantes, supostamente provenientes da América Central, mas pouco podiam fazer para detê-los. Ele acrescentou que a maioria deles eram famílias ou menores desacompanhados.

Um vídeo divulgado recentemente pelo CBP mostrou um grupo de 376 migrantes, quase metade deles aparentemente crianças, cruzando ilegalmente a fronteira dos EUA perto de San Luis, Arizona, e se rendendo aos agentes de fronteira logo em seguida para processamento de pedidos de asilo.

De acordo com Jeffrey Self, chefe interino da Patrulha de Fronteira do Setor de Tucson, a falta de capacidade para lidar com a chegada dos novos migrantes está "criando uma crise humanitária está ocorrendo na fronteira sul dos EUA", reproduzindo o argumento  constantemente proferido por Trump ao defender a construção do muro. 

20.000 agentes fronteiriços posicionados no sul dos EUA continuam processando os pedidos de asilo dos migrantes, mas sem recursos, a equipe teve que mudar seu foco do trabalho e está priorizando o combate à criminalidade transfronteiriça, como o contrabando.

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Uma parte significativa dos funcionários do governo permanece em licença, enquanto outros estão trabalhando sem receber remuneração, enquanto o governo dos EUA entra em sua quinta semana de paralisação devido aos democratas do Senado se recusarem a apoiar os US$ 5,7 bilhões pedidos por Trump para a construção de um muro na fronteira com o México.

Líderes democratas não estão dispostos a negociar o financiamento para a obra, apesar do último alertá-los de que, de outra forma, não conseguiriam acabar com a paralisação.

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