Exército dos EUA cogita uso de canhão de longo alcance contra possíveis adversários

Preparando-se para um confronto contra forças armadas adversárias, o Exército dos EUA está trabalhando em um poderoso canhão com alcance de 1.600 quilômetros que poderia destruir navios chineses caso ocorra um enfrentamento nas águas intensamente disputadas do mar do Sul da China.
Sputnik

Em coletiva de imprensa na quarta-feira (23), o secretário do Exército dos EUA, Mark Esper, explicou que as experiências do Exército norte-americano no quadro do programa ERCA (Artilharia de Canhão de Longo Alcance) poderiam ser usadas para ajudar em um ataque estratégico ou tático de apoio às tropas terrestres.

"Em um nível tático, precisamos ser capazes de superar as armas de nossos adversários com calibre e organização comparáveis", disse Esper.

Exemplificando, Esper indicou que essa arma poderia ser usada no mar do Sul da China se os navios chineses impedirem que embarcações norte-americanas naveguem na região.

"Você pode imaginar um cenário em que a Marinha sente que não pode entrar no mar do Sul da China por causa de navios da Marinha chinesa ou o que quer que seja […] Podemos, a partir de um local fixo, em uma ilha ou em outro lugar, atacar alvos inimigos, alvos navais, a grandes distâncias e manter o impasse, mas deixar a porta aberta para recursos navais ou da Marinha", ressaltou.

Analista americano: bombardeiro russo modernizado representa ameaça para Marinha dos EUA
O sistema ERCA, que está sendo desenvolvido como parte do interesse em tecnologia hipersônica, foi mencionado pela primeira vez pelas autoridades em outubro de 2018, quando o coronel John Rafferty, diretor de modernização das Armas de Fogo Estratégicas de Longo Alcance, falou com repórteres em uma conferência militar.

Conforme o Breaking Defense reportou, Rafferty disse na época que o novo sistema estaria usando tecnologia comprovada em um obuseiro de 155 milímetros e projéteis de artilharia que foram empregados na década de 80. Quando perguntado sobre o motivo de essa tecnologia não ter sido desenvolvida previamente, o coronel explicou que era porque "não fomos pressionados antes". 

De acordo com site Military.com, Esper não determinou uma data em que o armamento seria adotado em serviço.

Comentar