Isso se deve ao fato de que os EUA planejam gastar a quantia astronômica de aproximadamente US$ 500 bilhões (R$ 1,8 trilhão) durante a próxima década.
Entretanto, a quantia representa um aumento de mais de 23% desde a última estimativa, realizada em 2017, quando a estimativa era de US$ 400 bilhões (R$ 1,47 trilhão).
A diferença entre os valores se deve ao fato de que anteriormente o governo americano não pretendia aumentar os custos relacionados aos armamentos nucleares.
O membro republicano do comitê para as Forças Armadas, Mac Thornbery, admitiu que o custo poderá ser motivo de conflito com os democratas, mas ressaltou que a modernização nuclear valia esse custo, segundo o portal Defense News.
"Eu acredito que todas as estimativas anteriores previam que isso não somaria mais do que 7% do orçamento da defesa e, do meu ponto de vista, é nisso que nossos esforços de defesa estão baseados", disse Thornberry, enfatizando que ele não tem dúvidas "que esse será um tópico que todos discutirão neste ano".
Além disso, os EUA também pretendem realizar algumas mudanças em seu arsenal nuclear, conforme a Revisão da Postura Nuclear.
Conforme a repartição dos custos, US$ 234 bilhões (R$ 860 bilhões) serão gastos em sistemas estratégicos de transporte de armas nucleares e armamentos, incluindo submarinos.
Já US$ 15 bilhões (R$ 55 bilhões) são destinados a sistemas nucleares táticos de transporte e armamentos, incluindo aeronaves táticas para transporte dessas armas, além de US$ 106 bilhões (R$ 390 bilhões) destinados aos laboratórios de armamentos nucleares do Departamento de Energia e novas instalações de produção.
Outros US$ 77 bilhões (R$ 283 bilhões) serão direcionados ao comando, controle, comunicações e sistemas de alerta nucleares, utilizados para coordenar qualquer ação nuclear.
Os US$ 62 bilhões (R$ 227 bilhões) restantes serão destinados aos custos adicionais que podem ocorrer entre 2019 e 2028, caso os custos dos programas nucleares excedam os valores iniciais.