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Vice-chanceler venezuelano: podemos nos defender, não precisamos de ajuda militar russa

A Venezuela não precisa pedir ajuda militar à Rússia, pois tem plenas condições de se defender sozinha. Foi o que garantiu em declarações à Sputnik, nesta quinta-feira, o vice-ministro venezuelano das Relações Exteriores, Yvan Gil Pinto.
Sputnik

Nos últimos dias, os Estados Unidos vêm acumulando lotes de ajuda militar na fronteira venezuelana com a Colômbia, mas o presidente Nicolás Maduro não tem permitido a entrada desses carregamentos, alegando que essa seria na verdade uma manobra norte-americana para promover uma invasão com a consequente derrubada de seu governo. Washington, por sua vez, nega tais acusações, embora já tenha afirmado que todas as opções estão sobre a mesa no que se refere à possibilidade de mudança de poder em Caracas.

Rússia diz que EUA preparam provocações na fronteira da Venezuela
Há quase um mês, o líder opositor Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, se autoproclamou chefe de Estado interino, recebendo o pronto apoio dos EUA, da Colômbia e do Brasil, entre outros países. Apesar dos apelos internos e externos por paz e conciliação, as tensões só aumentam na fronteira, conforme se aproxima o prazo dado pela oposição para que Maduro permita a entrada dos carregamentos internacionais, marcada para o próximo sábado. 

Por enquanto, o atual presidente venezuelano vem mantendo seu controle de fato sobre o país graças ao apoio das Forças Armadas. Estas, no entanto, também vêm sendo pressionadas para mudar de lado, se aliando a Guaidó. Além do exército, o governo Maduro também conta com o apoio de potências estrangeiras como China e Rússia.

"A Venezuela tem todas as capacidades para garantir a paz. E nós temos todas as capacidades para garantir que nenhuma agressão ocorra. Não precisamos de apoio militar porque estamos totalmente preparados para garantir a paz para o nosso povo", disse Yvan Gil Pinto ao ser questionado se Caracas pediria algum tipo de assistência militar a Moscou. 

De acordo com o vice-chanceler, a alta cúpula política e militar do país está observando com muita atenção cada detalhe da atual situação e, caso alguma ameaça ocorra ao longo da fronteira colombiana, a Venezuela saberá tomar as medidas adequadas.

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