Domínio das tecnologias digitais: EUA reconhecem sucesso do exército russo

Analistas americanos reconheceram o sucesso do Exército russo no campo das tecnologias da informação, tema abordado em um artigo publicado por analistas da organização americana The Strategy Bridge, especializada em segurança da informação.
Sputnik

Os autores acreditam que o novo Exército russo aposta em dominar a informação sobre o inimigo, que inclui componentes psicológicos e técnicos. No que se refere ao componente psicológico, são utilizadas as redes sociais, estratégia que os especialistas russos aprenderam com os EUA. Eles analisaram o exemplo dos conflitos militares no Iraque e na Iugoslávia, tendo também extraído informações sobre a guerra digital de literatura especializada existente.

"A Rússia procura usar as mais recentes tecnologias, como a inteligência artificial e o aprendizado de máquina, para ganhar superioridade no espaço da informação", afirmam analistas.

Segundo a publicação, na Síria as Forças Armadas da Rússia usam com sucesso o sistema Glonass. Este sistema de geolocalização fornece dados significativos sobre a situação no terreno, melhora a precisão dos ataques contra alvos inimigos. O Exército russo também usa sistemas de navegação adicionais que ajudam a garantir a prontidão dos armamentos em caso de problemas com o Glonass.

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Os especialistas adicionam que uma importante fonte de informação para os militares são os drones. Basicamente, os drones são usados para apoiar alvos terrestres, mas na Rússia estão sendo desenvolvidos modelos militares para outras missões. Por exemplo, o drone Fortpost foi testado como uma plataforma que permite que navios armados com mísseis Kalibr e Yakhont neutralizem alvos.

Durante a campanha síria, os UAV, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, fizeram pelo menos 23.000 surtidas e operaram durante 140.000 horas no ar. Os especialistas também chamam a atenção para a modernização do avião de alerta aéreo antecipado A-50, atualizado para a versão A-50U.

Esta aeronave é equipada com muitos novos sistemas que permitem, entre outras coisas, dobrar o número de alvos rastreados, aumentando o alcance efetivo do rastreamento operacional. Além disso, uma aeronave A-100 com equipamentos ainda mais avançados está sendo desenvolvida para substituir o A-50.

Os autores chamam também a atenção para o complexo de reconhecimento, controle e comunicações Strelets. Ele "fornece um alto nível de comando e controle" e "permite a troca de informações individuais com os comandantes superiores e com a aviação e a artilharia". Em combinação com o sistema de aquisição de alvos Gefest, o complexo aumentou significativamente a eficácia das tropas russas na Síria.

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Não ficou também sem atenção o sistema unificado de gestão de nível tático Sozvezdie, que, de acordo com os especialistas americanos, deve ser em breve introduzido nas forças terrestres russas. É um sistema de gerenciamento de combate unificado, que coordena o trabalho de 11 subsistemas, incluindo equipamentos de guerra eletrônica, artilharia e defesa antiaérea.

Mas, de acordo com os analistas, o maior progresso foi alcançado pelos militares russos no campo da guerra eletrônica. Nos últimos 20 anos, a Rússia lançou dezenas de sistemas de guerra eletrônica capazes de suprimir as comunicações terrestres, aéreas e espaciais.

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Como último exemplo, os autores destacam o sistema de guerra eletrônica Palantin, que entrou em serviço no Distrito Militar Ocidental da Rússia.

"Este sistema executa muitas funções e é projetado não apenas para suprimir as comunicações inimigas, mas também para reconhecimento. Além disso, o sistema é capaz de integrar outros sistemas de guerra eletrônica."

A The Strategy Bridge conclui que, dada a importância fundamental que a Rússia atribui ao domínio da informação, o país continuará testando e aplicando novas tecnologias nessa área, o que pode criar problemas significativos para os EUA e seus aliados.

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