Moscou: declarações dos EUA sobre Maduro significam que Cuba e Nicarágua virão a seguir

Alguns altos responsáveis dos EUA têm insistido que o presidente legítimo da Venezuela deve renunciar em prol do líder da oposição. Particularmente, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, declarou na semana passada que "os dias de Maduro estão contados".
Sputnik

Esta declaração significa que Cuba e Nicarágua serão os próximos, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

O diplomata assinalou que a Doutrina Monroe "empalidece" perante a que está sendo formada agora e que significa que os americanos se apropriam do direito de usar a força em qualquer lugar que queiram para derrubar governos de que não gostam.

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Moscou está trabalhando com os países que estão igualmente preocupados com a possibilidade de um cenário militar na Venezuela para prevenir o uso da força durante a crise, segundo Sergei Lavrov, acrescentando que isso mina o direito internacional.

"Nós estamos trabalhando ativamente com todos os países que estão igualmente preocupados com a perspectiva de uma solução militar. Não é por acaso que os dirigentes do Brasil, por exemplo, afirmaram que não participariam, nem concederiam o seu território para ações agressivas dos EUA contra a Venezuela", disse o ministro.

Moscou leva em consideração que nenhum país da América Latina, inclusive o Grupo de Lima, apoia o uso da força na Venezuela, declarou Lavrov, apelando aos EUA para acatarem a posição deste grupo de países.

"Nós também reparamos nas provocações destinadas a romper a fronteira [venezuelana] sob o pretexto de fornecimento de ajuda humanitária para as vítimas. Este cenário bem conhecido prevê declarações seguintes e tentativas de invasão militar", anunciou o ministro.

As declarações de Lavrov apareceram apenas alguns dias depois de o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ter dito que Washington continuaria a exercer pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro até que ele entendesse que os seus dias estavam "contados", acrescentando que os EUA não excluem o cenário militar.

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