Ministro venezuelano: desertores recebem ofertas de US$ 20.000 por traição

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou que mais de 100 desertores da Guarda Nacional receberam a oferta de 20 mil dólares cada um por traição.
Sputnik

Em entrevista à rede Telesur na quarta-feira (28), Padrino López confirmou que 109 guardas foram expulsos das Forças Armadas venezuelanas (FANB) após se considerarem desertores e cruzarem a fronteira com a Colômbia.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou que as autoridades tomassem medidas disciplinares e judiciais contra esses soldados, já que não podem ser militares "os que infamemente ultrajam o patriotismo e o amor à Pátria", disse ele.

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O ministro da Defesa chamou as promessas de falsas e ressaltou que tais ações não influem sobre a capacidade de combate do Exército, mas minam a unidade e o poder das Forças Armadas da Venezuela, alertando sobre novas situações.

"Os que passaram a fronteira são jovens enganados e não nos fazem nenhuma mossa, para nós eles nunca foram soldados. Um soldado nunca se tornará mercenário, porque tem códigos internos, princípios, valores e patriotismo", declarou Padrino López.

Anteriormente, o embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, chamou de absurdos os números de militares venezuelanos que teriam alegadamente desertado. O diretor de Migração da Colômbia Christian Kruger declarou antes que o número de militares que atravessaram a fronteira com a Colômbia ultrapassou 320 pessoas. Segundo o portal Analitica, são 567 soldados.

Desde 21 de janeiro, a Venezuela vive um clima de grande tensão, com protestos antigovernamentais. No dia 23 de janeiro, o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país. Tal ação foi qualificada por Maduro como tentativa de golpe de Estado orquestrada por Washington.

Os EUA e aproximadamente 50 países, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente da Venezuela. A Rússia, a China, Cuba, o México e outros países apoiam a permanência de Maduro.

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