Erdogan acusa Netanyahu de ser 'ladrão que lidera Israel'

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, durante um comício de campanha eleitoral nesta quarta-feira (13), referiu-se ao premiê israelense Benjamin Netanyahu como "o ladrão que lidera Israel".
Sputnik

O líder turco também qualificou Netanyahu como um "tirano que massacra crianças palestinas de 7 anos".

Os comentários explosivos de Erdogan vieram após o tweet do seu porta-voz, Ibrahim Kalin, que acusou o premiê israelense por seus comentários sobre o status dos árabes em Israel.

​Netanyahu diz que Israel é "um Estado-nação não de todos os seus cidadãos, mas apenas do povo judeu". Condeno veementemente este flagrante racismo e discriminação. Em Israel vive 1,6 milhão de árabes/muçulmanos. Será que os governos ocidentais vão reagir ou ficar novamente silenciosos sob pressão?

Presidente de Israel enfrenta Netanyahu após premiê declarar que Israel pertence a judeus
Anteriormente, o presidente turco também havia estabelecido comparações entre as ações de Israel e a perseguição nazista aos judeus, repudiando Netanyahu como o "premiê de um Estado de apartheid", que tem "o sangue de palestinos em suas mãos". Como resposta, o primeiro-ministro israelense afirmou que "um homem que envia milhares de soldados turcos para manter a ocupação do norte do Chipre e invade a Síria não nos vai dar sermões".

Desde abril de 2018, Erdogan e Netanyahu estão envolvidos em uma guerra de palavras aparentemente interminável, desencadeada principalmente pelos confrontos mortais na Faixa de Gaza, no auge da Grande Marcha do Retorno dos palestinos.

A violência atingiu seu clímax no dia da abertura oficial da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém — seis meses depois que o presidente norte-americano Donald Trump anunciou o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.

As autoridades israelenses culpam o Hamas pela violência, com os militares respondendo aos lançamentos de foguetes e balões incendiários desde a Faixa de Gaza com ataques aéreos, principalmente contra alvos do grupo palestino. Esses confrontos já custaram a vida de cerca de 200 pessoas.

Comentar