Embaixador russo: governo de Maduro mantém pleno controle sobre a situação no país

O governo da Venezuela representado por Nicolás Maduro mantém o controle total sobre a situação na Venezuela, considera Vladimir Zaemsky, embaixador russo na Venezuela.
Sputnik

"Até à data de hoje o governo de Maduro mantém o pleno controle sobre a situação na Venezuela, e todos os ramos do governo demonstram o seu total apoio ao presidente, exceto a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, que não tem poderes legislativos, pois foram anulados pelo Supremo Tribunal do país," disse Zaemsky à agência de notícias Sputnik.

Rússia enviará outro pacote de ajuda técnica à Venezuela
Segundo ele, as Forças Armadas também mantêm a lealdade ao governo da república e demonstram o juramento de fidelidade à Pátria. Porém, depois de uma tentativa de fazer chegar "ajuda humanitária" pela força, em 23 de fevereiro, houve muitas especulações sobre deserção de grande número de militares para o lado do opositor e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó.

"Na realidade, com algumas exceções, o exército e os comandantes das Forças Armadas demonstram o seu apoio ao presidente Maduro, apesar da constante pressão por parte dos EUA, cujas autoridades ameaçam abertamente com uma intervenção militar, e apelam aos militares para fazerem a 'escolha certa' e passar para o lado da 'democracia'", ressaltou o diplomata.

Apoio militar da Rússia à Venezuela estará em pauta em reunião nesta sexta-feira
Recordamos que, no dia 7 de março, ocorreu na Venezuela um colapso energético após um acidente na Hidrelétrica de Guri, que deixou 21 estados do país sem acesso à eletricidade. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou Washington de ter sido o principal responsável pelo sucedido. 

Mais anteriormente, em 23 de fevereiro, a fronteira venezuelana se tornou palco da oposição entre apoiadores do presidente autoproclamado Juan Guaidó que tentou fazer entrar na Venezuela a ajuda humanitária rejeitada pelas autoridades legítimas do país e pelos que apoiam Nicolás Maduro. 

Em janeiro deste ano, a crise política na Venezuela se agravou depois de Juan Guaidó se declarar presidente interino e ser reconhecido pelos EUA e vários outros países, inclusive Brasil.

Comentar