Em 21 de março, o presidente dos EUA Donald Trump escreveu no Twitter que "depois de 52 anos, é hora de os Estados Unidos reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que são de importância estratégica e de segurança para o Estado de Israel e para a estabilidade regional".
O representante da delegação da UE em Israel declarou em entrevista ao Haaretz que a UE não mudará sua posição em relação às Colinas de Golã depois das palavras de Trump.
"A posição da UE não mudou. A União Europeia, em conformidade com o direito internacional, não reconhece a soberania de Israel sobre os territórios ocupados por Israel em junho de 1967, inclusive as Colinas de Golã, e não as considera parte do território israelense", ressaltou o representante oficial.
Benjamin Netanyahu foi rápido em responder à declaração de Trump e agradecer o apoio do presidente dos EUA, destacando que o mandatário americano o faz em uma "época em que o Irã usa a Síria como plataforma para destruir Israel". Netanyahu também classifica a decisão como "corajosa".
A Síria, por sua vez, condenou e considerou "irresponsável" a recente declaração de Donald Trump.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que o país mantém a sua posição quanto ao caráter ilegal das decisões de Israel relativas à extensão da sua soberania sobre as Colinas de Golã, o que foi confirmado pela Resolução 497 do Conselho de Segurança da ONU datada de 1981.
Um alto responsável palestino assinalou que o reconhecimento da anexação levaria à "instabilidade e derramamento de sangue na região", enquanto o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, advertiu que a declaração de Trump causaria uma nova crise.
As Colinas de Golã são um território disputado no Oriente Médio que foi parte da Síria até 1967. A área foi conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Desde então, a soberania de Israel sobre a área tem sido tema de discussões regulares.