Anonymous ameaçam governo britânico com retaliação por ter prendido Assange

Os hackers do grupo Anonymous ameaçam retaliar contra o governo britânico pela detenção do fundador do Wikileaks, Julian Assange.
Sputnik

"Libertem Assange — ou vão pagar", diz uma publicação no portal Anonews. A publicação indica que o fundador do Wikileaks é nomeado anualmente para o Prémio Nobel da Paz desde 2010 e que o seu caso tem atraído a atenção dos meios de comunicação internacionais.

"Ele é amado por pessoas em todo o mundo, especialmente por aqueles que são suficientemente inteligentes para ver através da propaganda que justifica a política externa dos EUA e seus aliados", diz a publicação.

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O fundador da WikiLeaks foi detido em Londres na quinta-feira (11) após o Equador ter suspendido o asilo diplomático devido a "repetidas violações das convenções internacionais".

Assange foi detido com base em um mandado emitido em 2012 por não ter comparecido num tribunal britânico. Contra ele também foram emitidos mantados de detenção pela Suécia (onde é acusado de estupro) e pelos EUA (acusado de conluio com um militar aposentado e publicação de documentos oficiais roubados).

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De acordo com o presidente equatoriano Lenin Moreno, as autoridades britânicas prometeram que Assange não seria extraditado para um país onde possa enfrentar torturas ou pena de morte. As audiências sobre este caso terão lugar a 2 de maio. Até 12 de Junho, os EUA devem fornecer ao Reino Unido todos os documentos de extradição.

Assange vivia na embaixada do Equador em Londres desde 2012, onde recebeu asilo. O fundador do WikiLeaks tentou desta forma evitar a extradição para a Suécia. A principal preocupação de Assange era que a Suécia o deportasse para os EUA, onde enfrentaria até 35 anos de prisão ou a pena de morte por publicar documentos secretos do Departamento de Estado. Ele rejeitou as acusações de estupro, chamando-as de politicamente motivadas.

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