Diante do Palácio de Miraflores e acompanhado pelo senador por Roraima, Telmário Mota, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela disse que ambos os países concordam "em trabalhar na reabertura de postos fronteiriços no sul do país, entre Santa Elena de Uairén [na Venezuela] e o município de Pacaraima [no Brasil]".
O diplomata enfatizou que ambos os países latino-americanos devem definir "regras claras" para garantir o bem-estar das populações venezuelana e brasileira antes de reabrir a passagem binacional, mas que a ideia é que a reabertura "aconteça o mais rápido possível".
Para Arreaza, dada a crescente atividade comercial entre o Brasil e a Venezuela, "o melhor é ter uma fronteira aberta", mas sem repetir o "espetáculo do governo dos Estados Unidos", referindo-se ao dia 23 de fevereiro, quando membros da oposição venezuelana, com apoio de Washington, tentaram introduzir à força o chamado lote da "ajuda humanitária".
"Concordamos com o presidente Nicolás Maduro em trabalhar na reabertura dos postos fronteiriços no sul do país, para que haja trabalho prévio de grupos de trabalho com os envolvidos", disse o chanceler Jorge Arreaza
"O Poder Legislativo recuperou a capacidade diplomática para restabelecer uma relação de paz e harmonia com a Venezuela", acrescentou o parlamentar.
O fechamento da fronteira entre Brasil e Venezuela ocorreu no dia 21 de fevereiro por ordem do presidente venezuelano Nicolás Maduro, após a declaração de Bolsonaro sobre levar "ajuda humanitária" ao povo venezuelano — vista por Maduro como uma operação logística implantada no estado de Roraima.