"Assumimos que é inadmissível dividir a Síria em áreas de influência", disse Putin durante uma cúpula com seus colegas da Turquia e do Irã, Recep Tayyip Erdogan e Hassan Rouhani, em Ancara, nesta segunda-feira.
Ele ressaltou que o objetivo atual na Síria é a luta contra grupos terroristas, em particular, na zona de relaxamento em Idlib.
Nesse contexto, Putin enfatizou que a área "não deve continuar sendo um refúgio para extremistas ou um terreno fértil para provocações armadas".
O presidente da Rússia pediu aos mandatários da Turquia e do Irã que tomem medidas adicionais para acabar com a ameaça terrorista que vem da zona de relaxamento em Idlib.
Além disso, Putin expressou sua esperança de que a ONU desempenhe um papel mais ativo na cooperação humanitária na Síria e ajude a restaurar a infraestrutura do país.
"Esse apoio deve ser dado a todos os sírios sem discriminação, politização ou pré-condições", afirmou.
A Síria está enfrentando um conflito desde março de 2011, no qual as forças do governo enfrentam grupos armados da oposição e organizações terroristas.
Na província de Idlib, desde 2015, mais de uma dúzia de diferentes grupos armados estão ativos, sendo o maior deles a aliança de grupos rebeldes da Frente de Libertação Nacional e do grupo terrorista da Frente Nusra, proibidos na Rússia.
A solução para o conflito é buscada em duas plataformas: a de Genebra, sob os auspícios das Nações Unidas, e a de Astana (na capital do Cazaquistão, que no final de março passou a se chamar Nursultan), co-patrocinada pela Rússia, Turquia e Irã.