Instado pela imprensa, alegando que a Índia havia elaborado propostas para a construção de represas na região da Caxemira em suposta violação do Acordo das Águas Indus, o comissário indiano PK Saxena declarou que as alegações nada mais eram do que uma tentativa do Paquistão de desviar a sua própria "má gestão bruta dos recursos hídricos".
"Os relatos da tentativa da Índia de violar o Tratado das Águas Indus foram rejeitados como falsos e longe da realidade", afirmou Saxena ao PTI, observando que Islamabad desperdiça aproximadamente o dobro da quantidade de água alocada à Índia sob o acordo, que ele disse ser "extremamente generoso" para o Paquistão.
"Esses atos de objeção e colocação de obstáculos a fim de impedir a Índia de utilizar plenamente seus direitos sob o tratado são o novo 'terrorismo da água' do Paquistão para impedir o desenvolvimento de [Jammu e Caxemira] e certamente não estão em conformidade com o espírito do tratado", acrescentou.
A Índia e o Paquistão compartilham as águas de seis rios que correm pelas duas nações sob o Tratado das Águas Indus de 1960, que permaneceu inalterado mesmo durante três guerras.
Pelo acordo, a Índia recebe apenas cerca de 16% do total de recursos hídricos e nem sequer está utilizando tudo isso, permitindo que o restante flua rio abaixo para o território paquistanês. Mas, apesar de ter acesso à maioria dos recursos, o Paquistão, de acordo com Saxena, usava imprudentemente até dois terços da sua parte.