'Terrorismo da água': Índia e Paquistão agora trocam acusações sobre recursos hídricos

A Índia descartou relatos da mídia paquistanesa de que o governo do primeiro-ministro Narendra Modi procura violar um tratado de décadas de compartilhamento de água entre os dois países, acusando Islamabad de encobrir seus próprios imensos desperdícios.
Sputnik

Instado pela imprensa, alegando que a Índia havia elaborado propostas para a construção de represas na região da Caxemira em suposta violação do Acordo das Águas Indus, o comissário indiano PK Saxena declarou que as alegações nada mais eram do que uma tentativa do Paquistão de desviar a sua própria "má gestão bruta dos recursos hídricos".

"Os relatos da tentativa da Índia de violar o Tratado das Águas Indus foram rejeitados como falsos e longe da realidade", afirmou Saxena ao PTI, observando que Islamabad desperdiça aproximadamente o dobro da quantidade de água alocada à Índia sob o acordo, que ele disse ser "extremamente generoso" para o Paquistão.
'Terrorismo da água': Índia e Paquistão agora trocam acusações sobre recursos hídricos

"Esses atos de objeção e colocação de obstáculos a fim de impedir a Índia de utilizar plenamente seus direitos sob o tratado são o novo 'terrorismo da água' do Paquistão para impedir o desenvolvimento de [Jammu e Caxemira] e certamente não estão em conformidade com o espírito do tratado", acrescentou.

A Índia e o Paquistão compartilham as águas de seis rios que correm pelas duas nações sob o Tratado das Águas Indus de 1960, que permaneceu inalterado mesmo durante três guerras.

Pelo acordo, a Índia recebe apenas cerca de 16% do total de recursos hídricos e nem sequer está utilizando tudo isso, permitindo que o restante flua rio abaixo para o território paquistanês. Mas, apesar de ter acesso à maioria dos recursos, o Paquistão, de acordo com Saxena, usava imprudentemente até dois terços da sua parte.

Comentar