Um estudante de veterinária, de 22 anos, foi picado por uma cobra em Brasília, Guará, na terça-feira (7) e internado em estado grave em um hospital particular do Gama.
A cobra, do gênero naja, pertenceria ao jovem, que será multado por violar regras de mantimento de animais domésticos. A Polícia Civil do Distrito Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) continuam investigando o caso.
"O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informa que acompanha o caso de uma cobra, supostamente do tipo naja, que picou um homem no Distrito Federal nessa terça-feira, 7. O criador, que está hospitalizado, não tem permissão para manter o animal em ambiente doméstico – a legislação permite apenas espécies não venenosas para esse fim."
A naja não é uma espécie nativa do Brasil, tornando "muito complexo fazer o diagnóstico e o tratamento adequado", segundo a infectologista Joana D'arc Gonçalves. A serpente é nativa da Ásia e da África, fazendo parte do grupo de cobras mais venenosas do mundo.
Um auditor fiscal do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) relatou nesta quarta-feira (8) que não há registro de importação da serpente. Em declarações ao portal G1, a Polícia Civil não descarta que a cobra tenha chegado ao Distrito Federal por meio do tráfico de animais.
"Os fiscais ainda trabalham para encontrar a cobra, que somente poderia ser criada para fins comerciais, no caso de instituições farmacêuticas, ou com intuito de conservação, ou seja, quando o animal não pode voltar à natureza. Para isso, o responsável precisa ter autorização emitida por órgão ambiental estadual e seguir regras para a criação, como mantê-la em local apropriado."
O auditor do Instituto Brasília Ambiental disse que o homem mantinha uma página em uma rede social, com fotos e vídeos de algumas espécies de cobras. Mas, segundo o servidor público, "depois do ocorrido a página foi estranhamente apagada".
Assim que o réptil for encontrado, a Polícia Civil deve aplicar a multa, que pode variar entre R$ 500 e R$ 5 mil.