Os serviços de inteligência ocidentais estão estabelecendo contatos diretos com grupos terroristas internacionais que operam na Síria, disse à Sputnik uma fonte diplomática em Moscou, Rússia.
"Foi dado a conhecer um encontro há algum tempo na zona de distensão de Idlib, perto do posto de controle Bab al-Hawa, na fronteira sírio-turca, entre Abu Mohammed al-Julani, líder da aliança terrorista internacional Hayat Tahrir al-Sham, [e] líder da chamada Frente al-Nusra [ambas organizações terroristas, proibidas na Rússia e em vários outros países], e Jonathan Powell, representante do serviço de inteligência britânico do MI6, e ex-enviado especial do Reino Unido para a Líbia", explicou.
De acordo com a fonte, al-Julani e Powell discutiram a possibilidade de remover o Tahrir al-Sham das listas de organizações terroristas, com Londres sugerindo que os militantes anunciassem que renunciariam a atividades subversivas contra os países ocidentais e estabeleceriam cooperação.
"Al-Julani foi aconselhado a dar uma entrevista a um jornalista americano para criar uma imagem positiva da aliança terrorista que ele lidera, no interesse de sua eventual reabilitação", acrescentou ele.
A fonte diz que "espera-se que vários aliados britânicos, especialmente os EUA, estejam envolvidos no processo de reformulação da al-Nusra". Além disso, foi alcançado um acordo para manter um canal permanente de comunicação com os terroristas internacionais, reconhecidos como tal pelo Conselho de Segurança da ONU.
"Gostaríamos de lembrar mais uma vez àqueles que são rápidos em esquecer sua própria experiência amarga: não há terroristas 'bons'. Todas as tentativas de domá-los e alimentá-los com a mão, terminam, como regra, em muito sangue de vítimas inocentes", concluiu a fonte diplomática.