Na quinta-feira (15), em uma coletiva de imprensa com a chanceler alemã Angela Merkel, que estava de visita a Washington, Biden deu sua opinião e respondeu a questões sobre a situação de Cuba.
Presidente Biden contou à CBS News que "o comunismo é um sistema falho, um sistema falho universalmente". O presidente continua dizendo que Cuba falhou aos seus cidadãos, adicionando que também está determinando se os EUA têm capacidade para restabelecer o acesso à Internet no país [Cuba].
No final, o presidente estadunidense acrescentou que "Cuba é, infelizmente, um Estado falho e está reprimindo seus cidadãos".
Joe Biden, no entanto, disse que havia "um número de coisas" que seu governo estaria considerando fazer para ajudar o povo cubano, mas "eles [cubanos] necessitariam de circunstâncias diferentes ou de uma garantia de que não seriam explorados pelo governo".
Algo que foi de imediato colocado fora de questão foi a possibilidade de cubanos vivendo nos EUA enviarem dinheiro para seus familiares, pois seria, nas palavras do presidente dos EUA, "muito provável que o Estado confiscasse esses bens, ou pelos menos grande parte deles". No entanto, Biden afirmou que estaria disposto a disponibilizar uma "quantidade significativa da vacina [contra a COVID-19]" a Cuba, caso alguma organização internacional pudesse administrar as doses "de um jeito que os cidadãos comuns pudessem acessar essas vacinas".
Joe Biden observou que o governo cubano havia, de fato, "cortado o acesso à Internet" e que Washington se encontra "considerando se temos capacidade tecnológica para restabelecer esse acesso".
Na verdade, o governador republicano do estado da Flórida, Ron DeSantis, escreveu à Casa Branca na quarta-feira (14) pedindo ao presidente que "aja imediatamente" para permitir que as empresas norte-americanas "forneçam acesso à Internet para o povo de Cuba".
Por sua vez, Francis Suarez, prefeito de Miami e também republicano, sugeriu que os EUA poderiam enviar uma intervenção militar para derrubar o governo de Cuba. Porém, Biden não considerou essa opção.
Por seu lado, Havana classificou os protestos do fim de semana passado de "provocação sistêmica" por dissidentes apoiados pelos EUA.
É importante sublinhar que Cuba produziu duas vacinas contra a COVID-19, mas o seu governo atual culpa Washington pelo fato de não conseguir inocular mais do que um quarto de sua população por causa da escassez de seringas causada pelo embargo dos EUA.