A utilização da nova tecnologia permitirá ao país ser "independente do Ocidente", afirmou à Sputnik o professor de economia internacional e assuntos da Ásia-Pacífico, Carlos Aquino.
Assim como na Europa, a China passa por um momento de crise energética, contudo o gigante asiático planeja resolver o problema com a construção de um novo reator nuclear.
No momento, Pequim está racionalizando seus recursos no território para suprir suas diferentes necessidades, porém, com a crise, muitas empresas estão fechando ou funcionando o mínimo possível.
Por isso, a China pretende construir um reator de sal fundido com baixas emissões de dióxido de carbono e com resíduos controlados, na província de Gansu.
De acordo com o pesquisador peruano Carlos Aquino, o país asiático enfrenta uma crise energética séria, já que o país tem "um problema importante para conseguir energia usando petróleo e carvão, ambos muito contaminantes".
"As usinas de energia nuclear baseadas em urânio ou plutônio têm problemas de segurança e ecológicos. Vimos o que aconteceu em Chernobyl ou em Fukushima [...] Esta nova tecnologia quase não contamina, não emite dióxido de carbono e torna mais fácil se desfazer dos resíduos tóxicos, gerando mais calor que o de uma usina de energia nuclear baseada em urânio", explicou.
Segundo o especialista, o gigante asiático quer ser energeticamente independente dos EUA, do Irã e inclusive, da Rússia, pois não apenas o petróleo teve custos elevados, como também o gás, e por isso, Pequim busca a "independência estratégica".