Japão enfrenta dilema na Marinha por sistemas de defesa antimísseis dos EUA, diz mídia

O governo japonês, há quatro anos, instalou os sistemas norte-americanos de defesa de mísseis Aegis Ashore em suas ilhas para se proteger contra os mísseis balísticos norte-coreanos.
Sputnik
Tóquio pagou US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) à empresa de defesa dos EUA Lockheed Martin por dois novos radares SPY-7.
Contudo, em 2020 o programa japonês do Aegis entrou em colapso e a oposição local das regiões onde o governo do país havia planejado instalar os mísseis cancelou a construção.
De acordo com a Forbes, o Japão já havia iniciado o pagamento dos radares, que estariam inativos, já que o governo não sabe o que fazer com eles.
Além disso, em 2020 o Japão anunciou a instalação dos radares SPY-7 em dois dos novos navios de defesa contra mísseis, que navegariam entre o Japão e a Coreia do Norte com o objetivo de interceptar qualquer míssil na região.
Com o "naufrágio" do projeto japonês, os navios antimísseis do país se tornam obsoletos.
Os principais destróieres do Japão usam o radar SPY-1, e se a Marinha construir navios para os SPY-7, eles serão dois destróieres exclusivos em uma frota com um elevado número de navios equipados com radares Raytheon, resultando em problemas logísticos.
Os navios dotados do SPY-7 apenas seriam capazes de realizar missões de defesa antimísseis, e apenas contra a ameaça norte-coreana, ou seja, navegariam em círculos ao largo da costa norte do Japão, monitorando e aguardando, já que estes navios não seriam páreos à frota chinesa, pois seriam simples, lentos, menos armados e com tripulações inferiores.
Perante a situação, o governo japonês admitiu estudar a possibilidade de implantar estes radares de maneira flexível para as áreas marítimas operacionalmente ótimas.
Apesar de ter capacidade na indústria naval, o grande problema de Tóquio é que seus navios de guerra estão operando com radares diferentes, ou seja, da Lockheed Martin e da Raytheon.
Outro problema é que se o país decidir instalar os radares da Lockheed Martin em alguns de seus destróieres, isso resultaria em uma subclasse de navio de apoio pequeno e caro.
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