"Uma equipe composta por pesquisadores do Japão, Reino Unido, EUA e Finlândia […] utilizará uma fonte natural de radiação chamada múons de raios cósmicos como alternativa aos sinais de GPS derivados de satélites", informou o escritório em um comunicado à imprensa.
A equipe ganhou um concurso recente solicitando projetos internacionais para colmatar lacunas na capacidade de cobertura do GPS nas regiões polares.
A competição foi patrocinada conjuntamente pelo Escritório de Pesquisa Naval e pelo Comando de Desenvolvimento do Exército dos EUA, detalha comunicado.
"A capacidade de navegar em regiões polares será de importância crescente nas próximas décadas, à medida que as alterações climáticas estão abrindo as vias navegáveis do Ártico a atividades comerciais e militares", notou líder da equipe de pesquisa, Chris Steer.
De acordo com o comunicado, depois de testar inicialmente o sistema em um grande tanque de imersão em água no Reino Unido, o projeto será transferido para a Finlândia a fim de ser colocado em um lago ártico que está coberto por uma camada de gelo de um metro de espessura.
Múons são partículas subatômicas capazes de atravessar rocha, edifícios, solo e debaixo de água – áreas onde as comunicações GPS não podem ser recebidas.
Enquanto o comunicado se focou em potenciais aplicações científicas em ambientes subaquáticos, túneis e outros locais subterrâneos, não há qualquer menção às implicações militares do sistema de navegação em um possível conflito no futuro, em que os adversários poderiam tentar desativar os satélites GPS existentes.