Para Macron, a medida anunciada por Washington tem efeito questionável. Conforme publicou a agência Reuters, o presidente francês afirmou ainda que as Olimpíadas não devem ser politizadas.
"Não devemos politizar [as Olimpíadas]", disse Macron. "Como tudo no cenário internacional, prefiro fazer coisas que tenham efeito prático", acrescentou.
A declaração de Macron reforça a posição anunciada mais cedo pelo ministro da Educação e Esportes da França, Jean-Michel Blanquer, que afirmou que a França não se juntará ao boicote. O ministro também sinalizou posição contrária à politização do esporte.
"Nós precisamos ser cuidadosos ao relacionar esportes e política", ponderou Blanquer em entrevista à Radio RMC e à emissora BFM.
Já o chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, não confirmou se Paris se juntará ao boicote. Segundo publicou a agência France24, Le Drian afirmou que o governo da França busca uma posição comum dentro da União Europeia (EU) sobre a questão.
Boicote diplomático já tem apoio de Austrália, Canadá e Reino Unido
Na segunda-feira (6), o governo dos EUA anunciou um boicote diplomático às Olimpíadas de Inverno de 2022. O evento será realizado em Pequim, na China.
Presidente dos EUA, Joe Biden, anuncia liberação de 50 milhões de barris de petróleo das reservas americanas, Casa Branca, Washington, 23 de novembro de 2021
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O governo norte-americano afirma que o boicote é uma reprimenda contra supostas violações dos direitos humanos dos uigures, povo muçulmano que reside em Xinjiang, na região noroeste da China. Após o anúncio, Reino Unido, Canadá e Austrália se juntaram ao boicote em apoio a Washington.