Atualmente, os praticantes da religião podem entrar no templo, porém a Resolução 242, criada em 1967 após a Guerra dos Seis Dias, e não reconhecida por Israel, proíbe a prática do Judaísmo no local e limita os horários de visita.
Segundo informações do noticiário israelense Canal 13, o grupo de ativistas "Returning to the Mount" [Retornando ao Monte, em português] defende o direito dos judeus de visitarem o local e poderem praticar a religião.
"O fato do país não gostar, não significa que seja ilegal", justifica o líder do grupo, Raphael Morris.
A reportagem explica que o grupo ensina seus membros a se passarem por muçulmanos, para conseguirem entrar no Monte do Templo sem levantar suspeitas. Eles pintam cabelo e barba de preto, usam roupas tradicionais muçulmanas, livros sagrados e até mesmo aprendem a cadência e entonação das rezas muçulmanas, para poder na verdade rezar disfarçadamente.
Quando perguntados sobre os riscos, membros do grupo não se mostraram preocupados: "A pior das hipóteses é te descobrirem e você ser preso. Vale a pena para mim conseguir rezar da maneira correta e não me render à humilhação policial", explicou um homem que não quis se identificar.
O líder dos ativistas, Raphael Morris, já teve seus encontros com a polícia. No início do mês, o noticiário israelense Canal 7 informou que ele havia sido banido de entrar na região, após protestos do grupo "Retornando ao Monte" nos dias que antecederam a celebração de Chanucá.