Nesta segunda-feira (20), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou não ver maiores complicações na divulgação de nomes de técnicos da Anvisa, segundo a Folha de São Paulo.
"Não há problema em se ter publicidade dos atos da administração. Acredito que isso é até um requisito da Constituição", afirmou.
Ainda de acordo com a mídia, o ministro fez questão de elogiar o presidente, Jair Bolsonaro (PL), a quem chamou de "grande líder", que "tem apoiado fortemente" a pasta na campanha vacinal, e que a associação com as ameaças é "narrativa".
Entretanto, afirmou que se as ameaças estão acontecendo, é caso para Polícia Federal.
"São ações de criminosos contra funcionários públicos. Eu mesmo sofro ameaça aqui. A gente está trabalhando firme para resolver o problema da pandemia, mas [essas] ações devem ser resolvidas pela PF [Polícia Federal]", completou.
Ontem (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse ser uma "vergonha nacional" a intimidação a servidores da agência.
Hoje (20), quem fez coro com ministro foi o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). De acordo com a Folha, Pacheco se solidarizou com os funcionários e disse que é inaceitável qualquer tipo de ameaça.
"Gostaria [...] de me solidarizar com todos os colaboradores, diretores e servidores da Anvisa, […] porque é inaceitável qualquer intimidação ou ameaça em função de decisões que são tomadas livre e autonomamente por uma agência reguladora, a partir de critérios técnicos e científicos", afirmou o presidente durante sessão plenária da Casa.