O anúncio da suspensão foi feito pelo diretor-geral da aviação civil do país, Novie Riyanto, em entrevista publicada pela agência de notícias Antaranews.
"Estamos em coordenação com autoridades e operadoras de aviação em todo o mundo, especialmente na ASEAN [Associação de Nações do Sudeste Asiático]. Vários países autorizaram a operação da aeronave 737 MAX. Após isso, a Diretoria Geral de Aviação Civil se preparou para suspender a proibição de operação das aeronaves 737 MAX", disse Riyanto.
A decisão preliminar foi feita após uma investigação internacional completa sobre os acidentes do Boeing 737 MAX em 2018 e 2019, que resultaram na proibição da aeronave em voos comerciais em todo o mundo.
A decisão das autoridades da Indonésia também se baseia em avaliações técnicas das mudanças no projeto de controle de voo e na carga de trabalho do piloto para a aeronave, conduzidas em um simulador da Boeing em Cingapura.
Dois voos comerciais com o Boeing 737 MAX caíram entre 2018 e 2019 deixando 346 mortos no total. Os acidentes geraram a proibição das operações da aeronave ao redor do mundo. O primeiro acidente aconteceu na Indonésia em outubro de 2018 e teve 189 mortes. Já o segundo acidente ocorreu em março de 2019, na Etiópia, com 157 mortos.
Boeing 737 MAX da Gol Linhas Aéreas se aproximando do Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, 9 de dezembro de 2020
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Na segunda-feira (27), a empresa etíope Ethiopian Airlines anunciou que retomará o uso da aeronave em fevereiro de 2022, conforme comunicado publicado pela empresa.
No total, 195 países proibiram voos do Boeing 737 MAX. Pelo menos 180 deles, incluindo Malásia, Cingapura, Estados Unidos, Canadá e Índia já suspenderam a proibição. No Brasil, as operações da aeronave foram liberadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em novembro do ano passado.