O urânio vendido pelo Cazaquistão, país que mais exporta a matéria-prima no mundo, também foi abalado pelos protestos no país.
Os preços do material subiram pouco mais de 8%, para US$ 45,25/lb, (R$ 257,20), com as ações de empresas de urânio no Canadá e na Austrália subindo, informou a Bloomberg.
Em 4 de janeiro, o preço da matéria-prima estava em apenas US$ 42/lb (R$ 238,72).
O Cazaquistão produz quase 40% do urânio do mundo, e luta para lidar suas exportações enquanto o país vive dias de protestos.
Autoridades locais e outros agentes do mercado financeiro, citados pela reportagem, temem uma potencial escassez do produto.
Polícia usando granadas de luz e som e gás lacrimogêneo durante protestos contra a subida do preço de gás de petróleo liquefeito pelas autoridades cazaques, em Almaty, Cazaquistão, 5 de janeiro de 2022. Foto de arquivo
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A publicação aponta que o combustível nuclear fez um "retorno impressionante" em setembro, quando os preços subiram 24% para o melhor desempenho mensal desde o final de 2008.
Embora não haja escassez imediata de urânio ou paralisações de usinas nucleares, o papel do Cazaquistão no suprimento mundial de urânio pode ser afetado.
Enquanto o país continua enfrentando a crise, a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês) decidiu nesta quinta-feira (6) enviar seus contingentes de paz ao Cazaquistão.
Os protestos foram desencadeados em 2 de janeiro após um aumento nos preços do gás. Durante a semana, a agitação se espalhou para outras cidades, resultando em interrupções nas comunicações e restrições de algumas viagens, além de danos à infraestrutura das cidades e centenas de feridos.