O secretário disse que os EUA também alertaram o governo da Rússia sobre seu suposto plano na Ucrânia, assim como fez a liderança política britânica, mas negou comentar as declarações do Reino Unido.
Neste domingo (23), o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido acusou a Rússia, sem provas, de que o Kremlin estaria tentando colocar um líder favorável a Moscou no poder na Ucrânia. O candidato seria Yevgeny Muraev. O governo russo classificou as acusações como "desinformação".
Durante a entrevista, Blinken foi questionado sobre um possível envolvimento direto dos Estados Unidos na escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia.
"A OTAN está analisando medidas muito práticas e importantes que seriam tomadas em um eventual aumento da agressão russa", disse o secretário, se esquivando de uma resposta direta.
Antony Blinken também afirmou que impor sanções à Rússia com o atual cenário em jogo não surtiria efeito.
"Quando se trata de sanções, o objetivo dessas sanções é dissuadir a agressão russa. E se elas forem acionadas, agora, você perde o efeito de dissuasão. Tudo o que estamos fazendo, incluindo a definição, em conjunto com a Europa, de consequências massivas para a Rússia, destina-se a ser levado em consideração nos cálculos do presidente Putin e a tentar dissuadi-lo de tomar medidas agressivas, mesmo enquanto buscamos a diplomacia ao mesmo tempo", afirmou o secretário.
Em 17 de dezembro, Moscou publicou projetos de acordo para reformular a segurança europeia, que propõem o fim da expansão da OTAN para leste, incluindo para a Ucrânia, e a não instalação de mísseis, armas nucleares ou meios militares perto das fronteiras russas e dos países da Aliança Atlântica.