De acordo com a divisão de defesa, a empresa apresentou uma queda de quase 14% nas vendas, impulsionada em grande parte pela multa.
Na quarta-feira (26), a Boeing revelou os resultados de 2021, ano em que a empresa entregou, ao todo, 169 aeronaves militares, incluindo helicópteros de ataque, caças, aviões de reabastecimento e de patrulha.
A queda nas vendas foi atribuída especialmente ao "menor volume e desempenho menos favorável do portfólio", incluindo a multa relacionada ao KC-46, segundo o portal Defense News.
O diretor financeiro da Boeing, Brian West afirmou que a multa foi impulsionada pela "evolução dos requisitos do cliente" para o Sistema de Visão Remota do avião-tanque, bem como interrupções na fábrica e na cadeia de suprimentos.
O Sistema de Visão Remota (RVS, na sigla em inglês) é dotado de câmeras e sensores que guiam a lança de reabastecimento em outras aeronaves.
Este sistema segue sendo um grande problema para a aeronave por apresentar problemas como imagens distorcidas em determinadas condições de iluminação.
Em 2020, a Força Aérea dos EUA e a Boeing decidiram substituí-lo por uma nova versão, contudo, o sistema segue sem ser aceito pela Força Aérea, que diz preferir manter a revisão aberta até descobrir como avançar na correção de riscos técnicos com o sistema visual panorâmico.