"É imperativo desenvolver novos mecanismos que garantam a estabilidade na região, mas eles não devem ser construídos redesenhando os acordos dos últimos 30 anos e revisando princípios fundamentais ou impondo limitações aos direitos básicos europeus", disse Macron.
Segundo ele, os acordos de Minsk, assinados em 2014 com o objetivo de criar as condições para resolver os conflitos na Ucrânia, continuam sendo a base para esse fim.
O governo ucraniano acusa a Rússia de agressão e intromissão em assuntos internos. A Rússia, porém, afirma que não participa do conflito em território ucraniano e que Kiev não cumpre os acordos de Minsk, prorrogando negociações sobre o conflito.
O país também expressa preocupação com o treinamento de militares ucranianos perto de suas fronteiras e o fornecimento de armas por países ocidentais desde 2014, o que estaria contrariando os acordos de paz.
A reunião entre Putin e Macron, com mais de cinco horas de duração, foi uma tentativa de aproximação na busca por soluções para os conflitos na Ucrânia.
Os EUA e seus aliados europeus acusam a Rússia de preparar uma invasão à Ucrânia ao acumular tropas na fronteira do país vizinho. Moscou nega as acusações e aponta suas preocupações com as movimentações da OTAN perto dos limites do seu território.
O presidente russo, Vladimir Putin, agradeceu os esforços de Macron em tentar encontrar meios de garantir a estabilidade e reduzir as tensões entre a Rússia e a OTAN.
Contudo, em sua coletiva, Putin lembrou que a OTAN vê a Rússia como adversária e que os membros da aliança ocidental têm reforçado a Ucrânia com armamento militar.