Nesta terça-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Eleitoral, Alexandre de Moraes, atendendo a um pedido da Polícia Federal, autorizou o compartilhamento de provas do inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos pelo presidente, Jair Bolsonaro, com a investigação sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia e as instituições, segundo o G1.
"Verifico a pertinência do requerimento da autoridade policial, notadamente em razão da identidade de agentes investigados nestes autos e da semelhança do modus operandi das condutas aqui analisadas", escreveu o ministro no texto de autorização.
Ao concluir a investigação, a PF apontou que o presidente cometeu crime de violação de sigilo por divulgar documentos, durante uma live no dia 4 de agosto de 2021, referentes à apuração sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme noticiado.
Agora, a PF afirmou que a conduta de Bolsonaro se assemelhava à atuação das milícias digitais que divulgam informações falsas para atacar a democracia, e por isso pediu, o compartilhamento de dados com o outro inquérito, de acordo com a mídia.
Ao mesmo tempo, Moraes também autorizou o envio da quebra de sigilo telemático do ajudante de ordens do Palácio do Planalto, o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, com um inquérito sobre a divulgação de informações falsas por parte do chefe do Executivo relacionando a vacina contra a COVID-19 com a Aids.
A autorização do ministro estremece ainda mais a relação do Executivo com Judiciário. Ontem (8), Bolsonaro, Moraes e o ministro Edson Fachin tiveram um encontro protocolar com duração de dez minutos.